Shared space....é possível

Quando falo do meu modo de transporte, a maior parte das pessoas elogia a bicicleta, porque faz bem à saúde, ao ambiente, à carteira (é estupidamente lógico!!). Obviamente que depois sou bombardeado com uma carrada de tretas, de que o trabalho delas é num sítio cheio de subidas, ou que têm um filho, e o fatídico: é perigoso andar na estrada.

A apreciação do espaço e o planeamento cá no nosso burgo é feito sobre o senso comum, uma versão demasiado fechada, egoísta e distorcida da realidade. Basta ver a quantidade de projectos que não são sustentáveis e que normalmente desviam ou prolongam no tempo os problemas, em vez de atacar o problema.

Em certos locais, cá dentro e lá fora, planeiam-se e realizam-se projectos que implicam transformações do espaço urbano tendo em conta várias experiências e provas dadas em vários países em oposição ao dito atrás.

Eis um vídeo sobre o conceito do shared espace. A ideia é atribuir a todos os meios de transporte a prioridade. Para circular há que "negociar" a passagem, respeitando a velocidade do mais lento. O fluxo é orgânico, vai acontecendo e tem de haver, obrigatoriamente, mais atenção por parte de quem circula (peão, ciclista, ou automobilista). Para não falar da ausência de uma panóplia brutal de sinalização veritical e horizontal que é tudo menos humano e por vezes implica uma significativa capacidade de leitura e multi-tasking inumana.
(Em Portugal isto obrigaria a uma formação dos intervenientes. Os automobilistas teriam de se aperceber que tem de circular à velocidade de "passo" e os peões que devem circular com atenção ao que os rodeia).

Na Holanda:


Aconselho a pesquisa de "Shared space" no youtube. Existem por lá vários vídeos de introdução ao conceito. Um must é também a visita a este site.

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