Just do it...

Benefícios de uma bicicleta

Para alguns será preciso um desenho:

ATENÇÃO AOS CICLISTAS!!

Carro ecológico?? Não existe carros ecológicos!

Publicidade da Renault Espanha:



paródia feita à publicidade:



Na Noruega, um organismo estadual de regulação publicitária rejeita a utilização de termos como "verde", "ecológico", "ecological friendly", etc. aplicada à publicidade de automóveis.

"Cars cannot do anything good for the environment except less damage than others," Diz Bente Oeverli, director(a) do organismo referido.

Toda a informação naREUTERS

Para terminar:
"Carros a motor jamais serão ecológicos.

A razão é simples: o aproveitamento de energia: Um automóvel “leve” é um equipamento que pesa 1,5 tonelada e serve para transportar uma pessoa de 70 quilos.

Mesmo se a ocupação do veículo for total (o que deve acontecer em cerca de 1% de todos os deslocamentos feitos por um automóvel), a proporção objeto transportado X objeto que transporta é absolutamente irracional.

Uma pessoa em um automóvel gasta pelo menos 15 vezes mais energia para mover o próprio carro do que para deslocar o seu corpo.

O motor a combustão (etanol, gasolina, diesel, óleo reciclado, etc) tem impacto directo sobre o planeta e sobre a vida humana, sendo o principal responsável pela poluição atmosférica nas cidades. Fontes ditas “limpas”, como a energia elétrica, também tem profundo impacto ambiental. A construção de fábricas e barragens são obras responsáveis pela destruição de ecossistemas inteiros.

Um veículo ecológico é aquele que maximiza o gasto de energia e minimiza seu impacto no ambiente. Um autocarro a diesel, com motor bem regulado e circulando por corredores exclusivos com 60 pessoas dentro é muito mais ecológico do que um Ecosport que só leva uma pessoa e é utilizado para percorrer distâncias curtas."
in "Apocalipse motorizado"

INCHA

Pedi-BUS -> Genial, e como sempre simples!

Alvalade e Campo de Ourique foram os primeiros bairros a receber um programa inédito em Portugal que pretende pôr as crianças a irem a pé para a escola dentro do próprio bairro, promovendo assim o exercício físico e a protecção do ambiente.
Este projecto, denominado ‘PediBus’, é financiado pela União Europeia e resulta de uma parceria entre três escolas daquelas duas freguesias e a CML, mas o objectivo será convidar outras escolas da cidade para aderir ao ‘PediBus’.
Como funciona? Por exemplo, em Campo de Ourique uma criança de 8 anos sai de casa todos os dias às 8h30, munido de um colete reflector e boné. No caminho encontra outros colegas e juntos fazem o percurso. A acompanhar vai sempre uma das mães, voluntária do programa. E, à semelhança de um autocarro, percorrem um circuito definido, parando junto a placas azuis, onde se vão juntando mais crianças 1.
O objectivo é claro: realizar um percurso pedonal em segurança para as escolas e vice-versa e, ao mesmo tempo, alertar para as vantagens ambientais deste procedimento. Mas esta prática está longe de ser novidade noutros países.
Milhões de crianças, em 37 países dos cinco continentes, já não esperam pelo autocarro para irem para a escola. Elas aguardam numa paragem de ‘PediBus’ que um grupo de pequenos caminhantes, acompanhados por adultos, passe e as leve. Os adultos vestem coletes fluorescentes e todos caminham em cortejo.
A ideia de promover as deslocações a pé para a escola nasceu em 1991. E ganhou relevo em vários países europeus, como França, Bélgica, Holanda, Itália, Alemanha, Suíça, República Checa, Inglaterra e Chipre. Portugal tem estado até agora fora da lista.
O ‘Pedibus’ é, em suma, um projecto saudável, divertido, económico e ecológico. As crianças adoram. Fazem exercício, recebem educação rodoviária e criam relações de amizade. E os pais delas preferem as caminhadas a pé às pequenas deslocações de carro, pois gastam menos combustível, evitam filas de trânsito e as buzinadelas 2.

Aqui

O sítio oficial do «pedibus» é www.iwalktoschool.org Ver www.audacia.org/cgi-bin/quickregister/scripts/redirect.cgi?redirect=EEFuZuVEZEYlKWoBTs

Retirado do blog "menos um carro"

Campanhas de sensibilização? Não obrigado!
Depois do título-choque para chamar a atenção um esclarecimento, claro que não sou contra "campanhas de sensibilização" sobre mobilidade sustentável, acho é que elas devem ter um papel secundário. Fundamental, mas secundário.

Vem isto a propósito de muitos comentários que leio e oiço a propósito de problemas que têm obrigatoriamente que ser resolvidos por todos, como o ambiente e a mobilidade sustentável. Muitos que concordam comigo na análise dos problemas, insistem antes de mais que é necessário "mudar mentalidades", que as pessoas devem ser sensibilizadas para os impactos das suas decisões pessoais sobre os outros, como abusar do carro, desperdiçar energia, etc... Não digo que não, mas são três as razões porque eu acho que devemos começar ontem a penalizar quem toma atitudes contrários ao bem comum (portagens urbanas, impostos sobre os combustíveis, redução do estacionamento nas cidades, redução das velocidades, etc...), em vez de contar com as "campanhas de sensibilização".



1. Os resultados práticos deste apelo às consciências é como uma árvore acabada de plantar, só traz frutos - quando os traz - daqui muitos anos. E inicialmente pequenos e em pouca quantidade. E nós precisamos deles para ontem.

2. Promover o altruísmo, ou seja convencer parte da população a agir de acordo com a sua consciência ambiental, é fazer o justo pagar pelo pecador. O justo acarreta com os custos, e o pecador recolhe os frutos.

3. A "sensibilização" tem normalmente um sucesso limitado. Esqueçam os ambientes, as mobilidades sustentáveis, e essas esquisitices. Pensem em pessoas a passar fome, a viver na rua, sem acesso a cuidados de saúde. Nos EUA a população está muito mais sensibilizada para este tipo de caridade do que na Europa. Por lá há muitos que são voluntários, os milionários competem pela maior doação, e a "sensibilização" está em todo lado. Os americanos acham que os problemas sociais devem resolvidos por atitudes altruístas, mas na Europa estamos convencidos que deve ser a lei, e portanto o Estado, a fazê-lo, isto é a lei deve obrigar-nos a todos a contribuir. Alguém tem alguma dúvida que é bem melhor ser pobre na Europa do que nos EUA?



Do meu ponto de vista, as campanhas apenas servem para garantir que as mudanças que devem afectar todos sem excepção, são bem discutidas, bem formuladas, bem compreendidas e bem aceites.

Material sobre a utilização da bicicleta no dia-a-dia na net:

Bike Cartoon

Bike-commuting

O dia acordou chuvoso e o de ontem não foi de bom augúrio, mas nada disto me desanimou. Toca a ir de bicicleta para o trabalho!
Troca de roupa e ténis, toalha, desodorizante e perfume, tudo na mala de depósito da mota (impermeável, com imans, bolsas práticas, etc.) presa no porta-bagagens com elásticos. O almoço, e a bolsa com carteira e telemóvel numa bolsa presa ao guiador. Vesti os calções, camisola de ciclismo com impermeável dobrado, capacete e "àla que se faz tarde". Tomei um bom pequeno-almoço, e saí de casa por volta das 8h20m. Eis o percurso ao "cronómetro":

8h20m - Saída de casa

8h22m - Cruzamento perigoso: venho de cima a grande velocidade após curva com pouca visibilidade. Nada a assinalar.

8h24m - Chegada à baixa de Algés. Zona a pedir atenção redobrada. Muito trânsito, carris, empedrado misturado com alcatrão e muitos buracos. Vou para zona pedonal.

8h26m - Passei por dentro da estação de algés para o outro lado da linha de comboio. Entro no empedrado da antiga docapesca. O empedrado acaba na Av. de Brasília e logo depois é a ligação ao viaduto de pedrouços. A ligação é feita pela faixa da esquerda (a dos mais rápidos) e os enlatados vêm a descer. É necessário muita atenção!

8h30m - Entro em modo cruzeiro na Av. de Brasília. Lembro-me de tentar memorizar distâncias e reparo que não tinha o conta-kilómetros. "Fica para a próxima" - penso e começo a pensar no percurso: "Viro na estação fluvial de Belém e vou mais perto do rio? pela ciclovia, mas também por passeio, empedrado, docas, etc? ou continuo neste cruzeiro?". O meu cérebro já devia ter decidido por mim, pois na altura da decisão estava a pensar em tudo menos nisso e segui em frente! Uma apitadela de um autocarro retirou-me do estado de pensamento/contemplação em que estava. "O que este gajo quer?" - pensei, estou a circular - por direito - na faixa da direita. Dei-lhe o benefício da dúvida e assumi que estaria apenas a "fazer-se notar" e a avisar de que iria ultrapassar e que não estava a reclamar. Fiz-lhe sinal de que podia ultrapassar e lá o fez passado um pouco.

8h37m - Parei no stop perto de Alcantra-mar e reparei que o conta-kms estava numa das bolsas laterais da mala que tenho no guiador!! Boa, aproveitei para coloca-lo no sítio. Arranquei e aquilo não conta os Kms. Sei que há um barco às 8h40m, mas nem contava apanhá-lo, mas se saísse uns minutitos mais cedo e era meu! Não quis acelerar pois nada pagaria o stress de tentar apanhar o barco.

8h42m - Cruzo-me com outro ciclista anónimo e cumprimentamo-nos efusivamente, mais parecia termos sido colegas de primária ;o).

8h43m - Chego nas calmas à estação fluvial do Cais do Sodré. Tenho q fazer um pequeno troço em contra-mão ou então ir mesmo até ao Cais do Sodré dar uma granda volta. Vou devagar e encostado. Não há problema. Vejo uma carrada de "engravatadinhos" com cara de maus amigos a sairem dos carros e a dirigirem-se para o metro. Expresso um sorriso malandro.
Para não parar repentinamente dou umas voltinhas no parque de estacionamento e ainda vou buscar o jornal gratuito entregue por uma senhora à entrada da estação dos comboios. Ao entrar na estação fluvial o segurança repara em mim e faz-me sinal para me dirigir ao torniquete com abertura para cadeiras de rodas e BICLAS! Muito fixe, conversei com o senhor e fiquei com a sensação de estar num país desenvolvido!

A tripulação do cacilheiro é 5 estrelas e não tive problemas nenhuns no barco. Aproveitei para arranjar o conta Kms e para reparar que tenho um raio passado e o descanso lateral mal-apertado.

8h55m - parte o barco.

9h10m - Já estava a passar o torniquete, que não é bem um torniquete é tipo uma porta que abre após pressão no chão e fazer-me à estrada.

9h17m - Estou a "picar o ponto" no trabalho. Demoro mais tempo a abrir a porta, subir e descer as escadas com a bicicleta até chegar ao "pica" do que a fazer o percurso da estação até ao escritório. O caminho é excelente, plano e com bom alcatrão, mas é preciso desconfiar um pouco dos condutores numa rotunda mal construída!

Chegado, vou para a W.C. tomar "banho checo", pôr desodorizante e mudar de roupa. Faço as contas e demorei quase 1 hora, pedalando "apenas" meia-hora! Se atinar com os horários faço o percurso em 45 minutos. Agora toca a trabalhar. Estou cheio da pica e os meus colegas meio-sonâmbulos! Pudera!

Fica o mapa (defeito profissional):


Ver mapa maior

A Evolução

Uma senhora, duas crianças, compras e nenhum carro!
Apenas a xtracycle

CHANGING LIFE!!

Pois é meus amigos......sabem quando algo bate na vossa vida e parece virá-la toda do avesso? do tipo alterar por completo rotinas, pensamentos, impor novos e poderosos ideais??

Pois é....posso considerar que o Gustavo seja o principal culpado da minha predisposição para a mudança, um grupo de amigos e um fórum os grandes impulsionadores, e (impressionantemente) a avaria do PDA a caminho de uma semana de férias o "turning point" desta mudança!

Mudança para um estilo de vida mais consciente e sustentável. Um "repensar" no modo de agir.

Já não ando de mota no dia-a-dia, passando a valorizar este veículo que tanta paixão e gozo me dá, para os tempos livres nomeadamente passeios fora-de-estrada.

Diminuí a minha pegda ecológica para menos de metade no último ano:

Ando de transportes e de bicicleta no dia-a-dia, para transportar o Gugas, ir à compras, enfim qq deslocação. (A CAMINHO DO TRABALHO É O PRÓXIMO PASSO). É uma velha paixão reactivada e altamente impulsionada...estou adepto do movimento carfree, que tem como objectivo libertar-nos da dependência do carro (até nisto somos o nº1 da Europa) e promover zonas livres de carros, medidas de planeamento e desenho urbano que façam essa promoção, a divulgação de transportes BIO-LÓGICOS eheh, etc., etc. Estou um activista CAR-FREE!

Tenho um pequeno projecto de permacultura, uma horta urbana divulgada aqui. A permacultura teve um grande impacto neste "repensar", pois os seus princípios aplicam-se a muito da nossa vida e promove a sustentabilidade!
Neste âmbito descobri a Gardening-guerrilla e estou prestes a tornar-me, também, um activista VERDE! ;o)

Por isso não percam os próximos episódios.....uma CRITICAL MASS (pedalada) na cidade de Lisboa e talvez um ATAQUE GUERRILHEIRO num canteiro abandonado de Linda-a-Velha...... ARGH.... FIGHT FOR YOUR MIND!