Pisa os meus versos,
Musa insatisfeita!
Nenhum deles te
merece.
São frutos acres que
não apetece
Comer.
Falta-lhes génio, o
sol que amadurece
O que sabe
nascer.
Cospe de tédio e
nojo
Em cada imagem que
te desfigura.
Nega esta rima
impura
Que responde de
ouvido.
Denuncia estas
sílabas contadas,
Vestígios digitais
do evadido
Que deixa atrás de
si as impressões marcadas.
E corta-me de vez as
asas que me deste.
Mandaste-me
voar;
E eu tinha um corpo
inteiro a recusar
Esse ímpeto
celeste.
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