As cascatas ficam em pleno coração do Médio Atlas, a uma altitude de 1495 metros e têm uma queda de cerca de 110 metros. Quando lá estivemos tinha chovido bastante toda a semana anterior, daí a coloração acastanhada da água. Segundo informações obtidas localmente, fora dos períodos de enxurrada, as águas são cristalinas e pode beber-se directamente das várias "sources" (nascentes) que existem na falésia do lado direito a jusante da queda de água. A denominação Ouzoude deriva do grande olival que existe nesse lado direito, onde as oliveiras estão marcadas com diversas cores, consoante as famílias a que pertencem e que dali extraem as azeitonas para consumo próprio. No topo das cascatas existem vários cursos de água à superfície, cuja transposição em condições de muita lama (como era o caso) nem sempre é fácil. Podem visitar-se moinhos de água para "produção" de azeite, bem assim como casas trogloditas que são réplicas (segundo dizem) das que existiam nas grutas que se avistam na margem esquerda a jusante da cascata. Em ambas as margens podem ser avistados pequenos macacos, que não devem ser alimentados pelos visitantes. A descida, pela margem direita (a jusante, i.e, com as cascatas nas nossas costas) e a subida pelo lado oposto demora, em ritmo calmo, entre 1H30 a 2H00, havendo um ou outro "café" onde se pode descansar e tomar uma bebida. Durante o Verão são extremamente procuradas por campistas, havendo dificuldade em encontrar onde colocar a tenda... São uma atracção ainda pouco conhecida mas que vale a pena visitar. Embora tenhamos ido pela estrada da montanha, desde o planalto de Benni-Mellal, são acessíveis desde a estrada de Fés.
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