Má sorte
Eu que sou profissional
Nunca saio antes das 5
Eu que só digo o que sinto
Nas mesas dos meus cafés
Eu que faço aquilo que posso
Que nem sequer vou votar
Que mal digo tudo e todos
Sempre que posso falar
Eu que sei aquilo que digo
Sem nunca ter perguntado
Eu que levo o que encontro
Achado, perdido ou roubado
Eu que me esforço tão pouco
Para ver se não me canso
Eu que com musica paro
E que com barulho danço
Eu que ponho o lombo a jeito
Para levar umas festinhas
Troquei por microondas
As queixas que são as minhas
Eu que não quero ganhar
Mas também não sei perder
Eu que culpo sem desculpa
Quem me merece vencer
Eu que vejo televisão
Eu que quero ser feliz
Eu que para ter o que quero
Hipoteco o meu país
Eu que minto a toda a gente
Para me sentar na cadeira
Que digo “sou competente!”
Com requintes de rameira
Eu que vendo aquilo que posso
E que compro a quem vender
Que nunca quero em conjunto
Quero-me só no poder
Eu que maldigo esta terra
Sem pudor, nem privação
Eu que me rio das cores
De toda e qualquer nação
Eu que não gosto de mim
Porque não sei quem eu sou
Eu que para ter o que quero
Até às bestas me dou
Quem tem culpa são os outros
Quem tem culpa é Portugal
Quem tem culpa não sou eu
Que se mude quem está mal!
Se te revês nesta letra e queres mudar ou então se não te revês e queres estar entre quem tem energia e a utiliza para fazer um futuro melhor junta-te à iniciativa Linda-a-Velha em Transição
Porque a Inércia é uma arma de destruição maciça, mexe-te. Como a Linda Velha
Do Faial os Bandarra
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