Green Spandex by Xavier Rudd
"I guess this is the rushed goodbye
That I thought would never come
The woman who lit the light
For a family in the dark
Starring at the mirror
I see your smile through my own
Your spark embedded deep inside
Will give me strength
Will give us hope
And I’ll never lose your touch
No I’ll never lose touch
This will take me a while
Because I miss your smile
I guess I knew your time would come
But for now I miss your smile
It’s gonna take me a while
Thank you for your loyal stance
Green spandex and crazy style
Thank you for the happiness
That you gave to our lives
Although now our hearts are cracked
And our tears are slow to dry
We must count ourselves
The lucky ones
For we were with you in your prime
And I’ll never lose your touch
No I’ll never lose touch
Please stay in touch
Because I need you in my heart
Please stay in touch
I need your touch"
Land rigths by Xavier Rudd
"because it was sacred, because it was home
because these were feelings, from so long ago
they listened to the spirits, that came up strong
they all pulled together, to sing their song
this is how they did it, spears by their side
they stood on the mountain, for their land rights
all the people noticed, the movement took flight
they said this is our home, these are our rights
this is our home, these are our rights
country it was taken, land dug up
families were broken, spirits were crushed
the language that was silenced, is now free to be passed
the cup that was empty, is slowly filling up
so we can pull together, show our children it is time
you see, this is our home, these are our rights
this is our home, there are our rights
this is our home, there are our rights"
because these were feelings, from so long ago
they listened to the spirits, that came up strong
they all pulled together, to sing their song
this is how they did it, spears by their side
they stood on the mountain, for their land rights
all the people noticed, the movement took flight
they said this is our home, these are our rights
this is our home, these are our rights
country it was taken, land dug up
families were broken, spirits were crushed
the language that was silenced, is now free to be passed
the cup that was empty, is slowly filling up
so we can pull together, show our children it is time
you see, this is our home, these are our rights
this is our home, there are our rights
this is our home, there are our rights"
Confirmou-se!
Já sabíamos, mas hoje foi-nos confirmado por um terceiro:
A Cristina prefere-os "claros" e "mornos" enquanto que eu preferio-as "escuras" e "quentes"
eheh
Falo de derivados lácteos com cafeína! eheh
Consumismo por Frei Betto
CONSUMO, LOGO EXISTO
Frei Betto
Ao visitar em agosto a admirável obra social de Carlinhos Brown, noCandeal, em Salvador, ouvi-o contar que na infância, vivida ali na pobreza,ele não conheceu a fome. Havia sempre um pouco de farinha, feijão, frutas ehortaliças. "Quem trouxe a fome foi a geladeira", disse. O eletrodomésticoimpôs à família a necessidade do supérfluo: refrigerantes, sorvetes etc. Aeconomia de mercado, centrada no lucro e não nos direitos da população, nossubmete ao consumo de símbolos. O valor simbólico da mercadoria figuraacima de sua utilidade. Assim, a fome a que se refere Carlinhos Brown éinelutavelmente insaciável.
É próprio do humano - e nisso também nos diferenciamos dos animais -manipular o alimento que ingere. A refeição exige preparo, criatividade, ea cozinha é laboratório culinário, como a mesa é missa, nosentido litúrgico.
A ingestão de alimentos por um gato ou cachorro é um atavismo desprovido dearte. Entre humanos, comer exige um mínimo de cerimônia: sentar à mesacoberta pela toalha, usar talheres, apresentar os pratos com esmero e,sobretudo, desfrutar da companhia de outros comensais. Trata-se de umritual que possui rubricas indeléveis. Parece-me desumano comer de pé ou sozinho, retirando o alimento diretamente da panela.
Marx já havia se dado conta do peso da geladeira. Nos "Manuscritoseconômicos e filosóficos" (1844), ele constata que "o valor que cada umpossui aos olhos do outro é o valor de seus respectivos bens".Portanto, em si o homem não tem valor para nós." O capitalismo de talmodo desumaniza que já não somos apenas consumidores, somos tambémconsumidos. As mercadorias que me revestem e os bens simbólicos queme cercam é quedeterminam meu valor social. Desprovido ou despojado deles,perco o valor, condenado ao mundo ignaro da pobreza e à cultura daexclusão.
Para o povo maori da Nova Zelândia cada coisa, e não apenas as pessoas, temalma. Em comunidades tradicionais de África também se encontraessa interação matéria-espírito. Ora, se dizem a nós que um aboríginecultua uma árvore ou pedra, um totem ou ave, com certeza faremos um olharde desdém.Mas quantos de nós não cultuam o próprio carro, um determinado vinho guardado na adega, uma jóia?
Assim como um objeto se associa a seu dono nas comunidades tribais, na sociedade de consumo o mesmo ocorre sob a sofisticada égide da grife.Não se compra um vestido, compra-se um Gaultier; não se adquire um carro, esim uma Ferrari; não se bebe um vinho, mas um Château Margaux. A roupa pode ser a mais horrorosa possível, porém se traz a assinatura de um famoso estilista a gata borralheira transforma-se em cinderela...
Somos consumidos pelas mercadorias na medida em que essa cultura neoliberalnos faz acreditar que delas emana uma energia que nos cobre como uma bendita unção, a de que pertencemos ao mundo dos eleitos, dos ricos, dopoder. Pois a avassaladora indústria do consumismo imprime aos objetos umaaura, um espírito, que nos transfigura quando neles tocamos. E se somosprivados desse privilégio, o sentimento de exclusão causa frustração, depressão, infelicidade.
Não importa que a pessoa seja imbecil. Revestida de objetos cobiçados, éalçada ao altar dos incensados pela inveja alheia. Ela se torna tambémobjeto, confundida com seus apetrechos e tudo mais que carrega nela masnão é ela: bens, cifrões, cargos etc.
Comércio deriva de "com mercê", com troca. Hoje as relações de consumo sãodesprovidas de troca, impessoais, não mais mediatizadas pelas pessoas.Outrora, a quitanda, o boteco, a mercearia, criavam vínculos entre ovendedor e o comprador, e também constituíam o espaço das relações de vizinhança, como ainda ocorre na feira.
Agora o supermercado suprime a presença humana. Lá está a gôndolaabarrotada de produtos sedutoramente embalados. Ali, a frustração da faltade convívio é compensada pelo consumo supérfluo. "Nada poderia ser maiorque a sedução" - diz Jean Baudrillard - "nem mesmo a ordem que a destrói."E a sedução ganha seu supremo canal na compra pela internet. Sem sair dacadeira o consumidor faz chegar à sua casa todos os produtos que deseja.
Vou com freqüência a livrarias de shoppings. Ao passar diante das lojas econtemplar os veneráveis objetos de consumo, vendedores se acercamindagando se necessito algo. "Não, obrigado. Estou apenas fazendo umpasseio socrático", respondo. Olham-me intrigados. Então explico: Sócratesera um filósofo grego que viveu séculos antes de Cristo. Também gostava depassear pelas ruas comerciais de Atenas. E, assediado por vendedores comovocês, respondia: "Estou apenas observando quanta coisa existe de que nãopreciso para ser feliz".
Frei Betto é frei dominicano e escritor.
Frei Betto
Ao visitar em agosto a admirável obra social de Carlinhos Brown, noCandeal, em Salvador, ouvi-o contar que na infância, vivida ali na pobreza,ele não conheceu a fome. Havia sempre um pouco de farinha, feijão, frutas ehortaliças. "Quem trouxe a fome foi a geladeira", disse. O eletrodomésticoimpôs à família a necessidade do supérfluo: refrigerantes, sorvetes etc. Aeconomia de mercado, centrada no lucro e não nos direitos da população, nossubmete ao consumo de símbolos. O valor simbólico da mercadoria figuraacima de sua utilidade. Assim, a fome a que se refere Carlinhos Brown éinelutavelmente insaciável.
É próprio do humano - e nisso também nos diferenciamos dos animais -manipular o alimento que ingere. A refeição exige preparo, criatividade, ea cozinha é laboratório culinário, como a mesa é missa, nosentido litúrgico.
A ingestão de alimentos por um gato ou cachorro é um atavismo desprovido dearte. Entre humanos, comer exige um mínimo de cerimônia: sentar à mesacoberta pela toalha, usar talheres, apresentar os pratos com esmero e,sobretudo, desfrutar da companhia de outros comensais. Trata-se de umritual que possui rubricas indeléveis. Parece-me desumano comer de pé ou sozinho, retirando o alimento diretamente da panela.
Marx já havia se dado conta do peso da geladeira. Nos "Manuscritoseconômicos e filosóficos" (1844), ele constata que "o valor que cada umpossui aos olhos do outro é o valor de seus respectivos bens".Portanto, em si o homem não tem valor para nós." O capitalismo de talmodo desumaniza que já não somos apenas consumidores, somos tambémconsumidos. As mercadorias que me revestem e os bens simbólicos queme cercam é quedeterminam meu valor social. Desprovido ou despojado deles,perco o valor, condenado ao mundo ignaro da pobreza e à cultura daexclusão.
Para o povo maori da Nova Zelândia cada coisa, e não apenas as pessoas, temalma. Em comunidades tradicionais de África também se encontraessa interação matéria-espírito. Ora, se dizem a nós que um aboríginecultua uma árvore ou pedra, um totem ou ave, com certeza faremos um olharde desdém.Mas quantos de nós não cultuam o próprio carro, um determinado vinho guardado na adega, uma jóia?
Assim como um objeto se associa a seu dono nas comunidades tribais, na sociedade de consumo o mesmo ocorre sob a sofisticada égide da grife.Não se compra um vestido, compra-se um Gaultier; não se adquire um carro, esim uma Ferrari; não se bebe um vinho, mas um Château Margaux. A roupa pode ser a mais horrorosa possível, porém se traz a assinatura de um famoso estilista a gata borralheira transforma-se em cinderela...
Somos consumidos pelas mercadorias na medida em que essa cultura neoliberalnos faz acreditar que delas emana uma energia que nos cobre como uma bendita unção, a de que pertencemos ao mundo dos eleitos, dos ricos, dopoder. Pois a avassaladora indústria do consumismo imprime aos objetos umaaura, um espírito, que nos transfigura quando neles tocamos. E se somosprivados desse privilégio, o sentimento de exclusão causa frustração, depressão, infelicidade.
Não importa que a pessoa seja imbecil. Revestida de objetos cobiçados, éalçada ao altar dos incensados pela inveja alheia. Ela se torna tambémobjeto, confundida com seus apetrechos e tudo mais que carrega nela masnão é ela: bens, cifrões, cargos etc.
Comércio deriva de "com mercê", com troca. Hoje as relações de consumo sãodesprovidas de troca, impessoais, não mais mediatizadas pelas pessoas.Outrora, a quitanda, o boteco, a mercearia, criavam vínculos entre ovendedor e o comprador, e também constituíam o espaço das relações de vizinhança, como ainda ocorre na feira.
Agora o supermercado suprime a presença humana. Lá está a gôndolaabarrotada de produtos sedutoramente embalados. Ali, a frustração da faltade convívio é compensada pelo consumo supérfluo. "Nada poderia ser maiorque a sedução" - diz Jean Baudrillard - "nem mesmo a ordem que a destrói."E a sedução ganha seu supremo canal na compra pela internet. Sem sair dacadeira o consumidor faz chegar à sua casa todos os produtos que deseja.
Vou com freqüência a livrarias de shoppings. Ao passar diante das lojas econtemplar os veneráveis objetos de consumo, vendedores se acercamindagando se necessito algo. "Não, obrigado. Estou apenas fazendo umpasseio socrático", respondo. Olham-me intrigados. Então explico: Sócratesera um filósofo grego que viveu séculos antes de Cristo. Também gostava depassear pelas ruas comerciais de Atenas. E, assediado por vendedores comovocês, respondia: "Estou apenas observando quanta coisa existe de que nãopreciso para ser feliz".
Frei Betto é frei dominicano e escritor.
Com um brilhozinho nos olhos
e a saia rodada
escancaraste a porta do bar
trazias o cabelo aos ombros
passeando de cá para lá
como as ondas do mar
conheço tão bem esses olhos
e nunca me enganam o que é que aconteceu diz lá
é que hoje fiz um amigo e coisa mais preciosa no mundo não há
Com um brilhozinho nos olhos
metemos o carro
muito à frente muito à frente dos bois
ou seja fizemos promessas
trocámos retratos
traçámos projectos a dois
trocámos de roupa trocámos de corpo
trocamos de beijos tão bom é tão bom
e com um brilhozinho nos olhos
tocamos guitarra pelo menos a julgar pelo som
E o que é que foi que ele disse?
E o que é que foi que ele disse?
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
passa aí mais um bocadinho que estou quase a ficar louco
Hoje soube-me a tanto
Hoje soube-me a tanto
Hoje soube-me a tanto
Hoje soube-me a tanto
portantohoje soube-me a pouco
Com um brilhozinho nos olhos
corremos os estores
pusemos o rádio no on
acendemos a já costumeira
velinha de igreja
pusemos no off o telefone
e olha nao dá para contar
mas sei que tu sabes
daquilo que sabes que eu sei
e com um brilhozinho nos olhos
ficámos parados
depois do que não te contei
Com um brilhozinho nos olhos
dissemos sei lá
o que nos passou pela tola
do estilo: és o number one
dou-te vinte valores
és um treze no totobola
e às duas por três
bebemos um copo
fizemos o quatro e pintámos o sete
e com um brilhozinho nos olhos
ficámos imoveis
a dar uma de tête a tête
E com um brilhozinho nos olhos
tentamos saber
para lá do que muito se amou
quem éramos nós
quem queriamos ser
e quais as esperanças
que a vida roubou
e olhei-o de longe
e mirei-o de perto
que quem não vê caras
não vê corações
e com um brilhozinho nos olhos
guardei um amigo que é coisa que vale milhões
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