Capacetes e burkas

O British Medical Journal, publicação de renome na área da medicina consegue ter uma visão contrária à mainstream actual que é a da especialização e estuda a questão da (não) utilização do capacete de uma forma holística, confirmando que (os negritos são meus):

"The statistical wrangle over the effectiveness of helmets is actually a side issue; what we need people in authority to understand is that cycle helmets inevitably damage public health. Even for cyclists on Britain's roads, the health benefits exceed the risks by a factor of 20. The health benefits of cycling are so great---and the health injuries from driving so great---that not cycling is really dangerous. By telling people that they need helmets for an activity that for a century has been regarded as "safe"---and in fact has a fine safety record---you inevitably engender the impression that cycling must have become more dangerous than driving and walking. That deters cycling. That reduces cyclists' presence on the roads. That increases the risk of death. And if wild claims about helmets saving lives are published in the media, helmet users are bound to feel overly secure, thus compromising their one vital safety feature---a sense of caution. In addition, over time most people--- and especially parents---will come to believe that it is wearing a helmet that matters, not acquiring skilful technique. These effects have been noted in every country where helmets have come into general use, including the United Kingdom. Millions will die early because they did not cycle. "

O problema na sociedade actual é a de acreditar que são os capacetes, os cintos, os airbags que são importantes para a segurança, não o conduzir devagar, com precaução, sem atender telefones, etc..

O estudo está aqui (tem de se registar)




2 comentários:

Nuno Gomes Lopes disse...

Conduzir devagar não é igual a conduzir com segurança, e parte das vezes conduzir devagar significa mesmo um comportamento inseguro.

Sabem quem também conduz devagar? Os velhos. E o que mais há por aí são idosos com comportamentos de risco na estrada, e isto sem acelerarem.

O ideal será dizer 'conduzir na velocidade apropriada à via'. nem devagar nem depressa.

Um abraço

Renata Falzoni disse...

Eu não saio de casa sem capacete, e concordo 200% com o texto em especial quando enumera as mortes por não se pedalar! Genial! Aqui em SP onde eu divido as ruas com motoristas na sua maioria desatentos e estressados, prefiro usar o capacete. Mas obrigá-lo NUNCA!